sexta-feira, fevereiro 10, 2006

A luz ao fundo

Meu velho amigo,
não duvides,
isto anda perigoso.
À violência da representação cartonista ocidental,
a resposta violenta que não se fez esperar.

Mudo a agulha,
falo-te de uma iniciativa em que participei,
que de tão inédita e tão interessante
faço tudo para a expandir,
com toda a minha força.

Participei num encontro promovido por várias famílias
em que abertamente se discutiram assuntos,
que no meu caso, implicitamente tiveram incidência evidente
na Música Portuguesa dos últimos anos
e no ensino, e não só mas também, na razão proporcional
de uma actividade física a começar na primeira infância.
Este encontro deu-se numa sala de estar de uma casa privada.
Toda a gente sentada em silêncio activo.

Imagina tu
que este tão pequeno evento privado
insuflaria de tal maneira,
que todos aqueles nos quais as pessoas confiaram a sua memória,
escritores, pintores, filósofos, políticos, jornalistas, etc. etc.
iriam em tournée gigantesca pelas famílias de Portugal, que se
preocupam e investem na qualidade do tempo que passam com os filhos?

Terias aqui um belo exemplo de partilha, em que as mentes se questionariam mais do que a fatal opinião formatada
por televisões de qualidade duvidosa, inevitavelmente fariam, e... fazem.

Acredita que a utopia tem um túnel cuja luz
lá no fundo adquire todas as colorações que quiseres.

No fundo... uma questão de imaginação.

2 comentários:

125_azul disse...

Descobriste, João! Conseguiste descobrir famílias activas, apesar de todos dizerem que o conceito de família morreu. Vês? Apesar do não em cada boca, às vezes, sim, acontece.

Mariana Matos disse...

O conceito de família não morreu. Existe. Exerce-se e é.