Vou deixar aqui muito claro o que afinal me preocupa nesta série de desabafos,
tendo o nosso Primeiro como actor principal deste filme que idealizei ao votar
na sua pessoa na última lesgislatura.
Sim!
Votei em José Sócrates e não no P.S.
Tenho (ainda) nele um depósito de esperança, que sob a injustiça de juízos precipitados, não pode ser destruído sem mais nem menos.
Aprendi com o meu Pai, que foi um insígne Bombeiro, a nunca entrar em pânico.
- Nunca mesmo!
Quase ouço a sua voz firme.
Seguramente não sou o único que deixou de acreditar nos partidos enquanto fiéis representantes dos anseios das populações.
Acredito que (perdoem-me os mais dogmáticos) os partidos passaram, mais do que nunca, a defender sobretudo a quem lhes paga as campanhas.
Isto parece do mais básico, mas sobrevive a ideia importante do domínio de interesses não indentificados, de políticas posteriores ao dia do voto, mesmo depois de passar o assunto pelo crivo da não generalização.
Confuso(a) caro(a) leitor(a)?
Será que estou como o antigo treinador Octávio Machado?
Nã!
Isto para vos dizer que confiei e confio ainda (apesar das nódoas que vão caindo na toalha de linho branco, estampadas na leitura dos jornais diários do nosso Primeiro) que a cobrança da factura recai sobretudo nos partidos e não em José Sócrates.
Que ele, a contragosto, vai arrumando o P.S. e os candidatos que o aparelho impõe.
Que os interesses dos construtores vão gerindo o País no seu ritmo de crise, sendo as rotundas o exemplo mais caricato.
Que os incêndios, além de queimarem, cheiram muito a esturro.
Que há razões de ordem prática na nomeação de cargos públicos....mas enfim.
Que ele se esgueira perante regras impostas de Bruxelas, e faz um esforço sério por todos nós, embora, em minha opinião, as férias pudessem esperar.
Acredito em José Socrates quando ele se emancipar e, de uma vez por todas, assumir e encarnar a esperança quase derradeira nele depositada.
Caso contrário não sei em quem mais votar, em quem mais acreditar.
E não vejo solução num futuro breve para a dita alternância.
O P.S. e o P.S.D. arranjaram-na bonita.
Estou para ver como é que se vão safar de isto tudo.
E agora?
Vamos continuando que a novela está longe de acabar.
Darei o braço a partir (Meu Deus!) se for o caso.
Acredito em pessoas sérias.
CASO CONTRÁRIO ASSINAREI QUALQUER PETIÇÃO QUE SE PROPONHA RETIRAR O VOTO.
segunda-feira, agosto 22, 2005
Votei em José Sócrates, não no P.S.
Publicada por João Gil à(s) 1:06 da manhã
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4 comentários:
Eu votei no PS, não no Sócrates: e saíu-me o Freitas do Amaral!
Apoiado!
CASO CONTRÁRIO ASSINAREI QUALQUER PETIÇÃO QUE SE PROPONHA RETIRAR O VOTO.
(Há mta gente a pensar nisso, poder retirar o voto a qualquer altura da legislatura, mas como são os políticos que decidem, cá vamos indo com a cabeça entre as orelhas...)
um bjinho
Sona
O que os governos têm herdado, tem sido dificil de gerir, independentemente da cor...
E o inferno continua...
Ficaremos com verde?? Teremos país que se apresente??
:((((
O que os governos têm herdado, herdaram deles próprios. A alternância não é estanque e o que vem de trás já vem muito de trás.
Não votei Sócrates porque não é mais do que um produto de marketing (nota-se quando tem de falar de improviso). Não compro música sem a ouvir primeiro, não me bastam os anuncios ou os singles. Quanto a estas "músicas", por mais arranjos novos que lhes façam, continuam a soar a "música a metro".
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