quinta-feira, junho 30, 2005

Isto pode acabar mal

Afinal esta cena também pode ser uma espécie de confessionário, uma forma de terapia...bah...sei lá?
senão vejamos:

Aquele produto enlatado que dá pelo nome de "telenovela" começou em grande com "Gabriela...tararatara".
Foi muito bom, e caramba! Aquela mulher desarrumada, suja, despenteada, quente, morena, ingéua, infantil.....uff!!
Seguidamente aparece "O Casarão" e....fiquei-me por aí.
Depois disso algo me dizia que estava a ficar tudo dito, do género:
Poing, poing!!
Ok pessoal
- É para rir.
Morre alguém, dão-nos o plano de "Paulo"
- Pronto, está encontrado o assassino. É o Paulo evidentemente, embora "Pedro" tenha aparecido ultimamente talvez para dificultar um pouco mais a coisa.

Curiosamente o mesmo acontece com muito do cinema americano de encher pneus, em que o filme se desvenda nos primeiros diálogos, fazendo do espectador uma criancinha que deve ser conduzida com cuidado até ao lado de lá da rua.

Da parte que me toca, muito obrigado pela preocupação

Muito bem.
Nada de novo.

Até que... alto lá!!
Recebo uma chamada dizendo que....conseguimos! A música vai entrar na nova novela que vem aí.
Saltei e gritei! Uau! Fantástico ! Ia chegar a muita gente e mais rápido do que o normal.
Depois.......corei........pensei.......ah.....lembrei-me dos argumentos de muitos actores que conheço bem...deambulando entre o prazer de fazer cinema e a utilidade de fazer novela sendo que o prazer não é posto de parte neste caso, e.......
enfim, aqui estou eu a partilhar as incertezas em que que caímos.

Por isso, caro leitor

NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO DESTA NOVELA DE FIM PROVAVELMENTE TRÁGICO

terça-feira, junho 21, 2005

O estado de espírito da nação

Começa a ser doentio e a ter contornos algo descontrolados.
Não me refiro à razão que assiste aos protestos que saem de toda a sociedade civil.
Aliás, se existe defice mais real, ele está na calma e tranquilidade que desde há longos anos recebemos as decisões superiores.

Um sinal de iniciativa individual, empreendimentos de cidadãos organizados em torno de objectivos colectivos, qualquer reacção mais "agressiva" ou espontãnea ?
Não!
Nada!
Absolutamente nada!

Salvo os sindicatos, salvo as suspeitas pré-campanhas com as suas dinâmicas mobilizadoras e manipuladoras, salvo os honrosos exercícios de livre cidadania, o povo parece adormecido depois de uma bela sardinhada, um mau vinho acompanhado de uma bela seven-up, com um sol magnífico em cima de um panamá branco.
- Deixem-me em Paz!!
- Deixem-me dormir!!

Até que acordamos um belo dia e....Fantástico!
- Bandidos, Ladrões, Gatunos, etc, etc
Damos conta que tratamos o País por "Isto".
Ou seja, nunca nos incluímos no role de possíveis arguidos da situação.
A culpa é DELES!

A crise toca a todos, não está fácil para ninguém, muitos amigos a passar mal, mas, meus queridos companheiros da mesma lingua e país:

Começa a faltar alguma paciência para tanta depressão e pessimismo, para tanto discurso culpabilizador de erros de um passado transformado em herança colectiva.

Creio humildemente que este estado de espírito da nação, não acrescenta muito à compreensão e solução de muitos dos problemas. Por outro lado, pode toldar-nos a lucidez que tanto precisamos para o futuro de todos.
Também já percebemos todos que os criativos das campanhas partidárias, além dos tiros que dão nos pés dos candidatos, só trabalham de quatro em quatro anos, agora que precisamos de cabeça fria, não podemos entrar em pãnico. E sobretudo
queremos:

Boas Ideias e Boas Iniciativas

domingo, junho 19, 2005

Jornal "o desabafo"

Caríssimos

Decidi abrir este pequeno jornal com alguns propósitos que poderão ser interessantes para todos aqueles que têm sempre algo a dizer. Quis o tempo e a arrumação da profissão, que criasse uma espécie de muro à minha volta, que me tem inibido muitas vezes de esgrimir argumentos .

Creio que eu e muitos colegas caímos sistematicamente no erro de desaproveitarmos o tempo de antena em época de promoção, arremessando opiniões que, se por um lado não se entendem, por outro, exageram na forma e no estilo de discurso, como se nos devessem alguma coisa... enfim... Que País este que não nos entende !!

Assim, para que não restem dúvidas, farei desta tribuna o melhor e mais apropriado veículo de desabafo. Não há pressão de tempo ou edição, não há complexo de actualidade ou vínculo de direcção artística, ou de outro género, a não ser a ideia mais fantástica que pode haver na nossa vida - A LIBERDADE... Provavelmente o exercício mais difícil de exercer.

Vamos ver no que isto dá.

Um Abraço.