Meu querido e estimado amigo
Não digas nada.
Por favor deixa-me chegar lá.
Às vezes o silêncio e a pausa são a melhor resposta às dúvidas.
Apesar de ter suspendido o acto de fumar,
só me apetece a prevaricação de tão almareado estar.
Este discurso hipócrita, esta moralidade importada nem sei de onde, esta directiva europeia mal fundamentada e explicada,
só me deixa perplexo e estupefacto.
Juro-te!
Preocupo-me por ti
pela família
pelos teus amigos que nem sequer conheço
e um pouco por todos enfim...
Não adopto nem aprovo esta inquisição dos bem comportados.
Nesta família sociedade, têm de estar todos sem excepção.
Todos!
Por isso se quiseres fumar só tens de ter algum cuidado:
Não mandes o fumo para cima de mim.
A vida é tua.
Faz dela o que te der na gana.
Não tens de dizer nada.
Não será um decreto ou uma proibição, que fará mudar as mentes, mas sim um maior conhecimento do seu próprio corpo.
Deixa de fumar se achares, mas que seja a tua força a decidir,
no momento e na hora por ti decidida.
Um abraço e... já sabes...
quarta-feira, abril 12, 2006
3º volume - a carneirada
Publicada por João Gil à(s) 1:07 da manhã