Meu estimado Quase:
É provável que me repita de vez em quando.
Quando os factores da alergia irritadiça se repetem,
então é normal que volte ao assunto.
Pergunto:
Porque é que o pivot da informação, jornalista credível
altamente qualificado, responsável e da nossa confiança,
José Rodrigues dos Santos, pisca o olho no final do telejornal?
Digam-me, ajudem-me, expliquem-me.
Porquê?
O que é isso tem a ver com informação?
Entretenimento?
Ele tem o seu público?
Cumplicidades privadas?
Eu e vocês ???
Daaaaaa....
Não entendo.
Isto até nem é assunto!
E se calhar arrisco-me Ó:
Este gajo não tem nada para fazer...
Mas, ele há coisas que me eriçam.
É mais toque do que tique.
Pronto!
Já passou.
Desabafo apenas.
É legítimo:
Caro leitor
Precisamos de um provedor para o País.
Não de um lápis censório,
Pisquemos os olhos, meus irmãos.
E tu Quase, não me irrites, com essa tua azelhice altaneira.
Tens a mania.
quinta-feira, março 30, 2006
Tique e Toque
Publicada por João Gil à(s) 11:00 da tarde
quarta-feira, março 29, 2006
Proteina emotiva
Estimado:
Sempre que vou a uma casa de fados
venho de lá um pouco confuso.
Sempre dividido, estranhando e entranhado,
fico a pensar num amontoado e difuso sentimento.
As palavras por vezes bacocas de um mundo à parte,
num envolvimento musical extraordinariamente
rico em proteínas emocionais.
Fui ouvir uma cantora que veio de Angola,
Ana Maria de sua graça, carregando na voz
uma história de vida digna de seu nome.
O fado é incrível, cheio de pessoas incríveis,
que o testemunham e transportam.
É preciso meter as mãos para sentir aquele motor,
e sujar a mente de óleos velhos e gastos.
Deixem-se de merdas, os que o julgam erradamente.
As mentes equivocadas cagam sentenças anunciando
a sua constante morte.
Qualquer dia levo-te aos fados querido amigo.
Tens de ir.
Vais compreender.
É importante compreender a sua razão.
Fecha os teus olhos e... ouve
Mais ou menos como ir à catedral e desfocar na luz da luz...
Publicada por João Gil à(s) 1:02 da manhã
domingo, março 26, 2006
Um novo clube
Meu Querido Amigo,
Há tempos que ando para te falar disto:
Hoje passei a ponte a correr.
Muita gente e ainda bem.
Ando aqui com umas ideias
que não te cheguei a contar:
Qual o efeito da iniciação à prática
de atletismo pelas crianças na pré e pós adolescência?
Convenci-me que o atletismo pode ser muito importante
no bom desempenho físico e intelectual de uma pessoa.
A aprendizagem e o conhecimento do nosso próprio corpo na idade própria, fabrica um ser livre e completo
no seu estado adulto.
Conheces as crianças mais pobres do bairro de campolide?
Diz-lhes que se inscrevam, anda lá!
Vamos ter um treinador, equipamentos, um medico,
um seguro, um autocarro, um clube!
Sempre a seguir à escola como é evidente.
O que queres?
Acredito e luto.
Absolutamente mais nada.
Peço-te apenas que não me julgues.
Não tires conclusões.
Não pretendo dividendos.
Nada.
A ponte ficou deserta....
Publicada por João Gil à(s) 10:34 da tarde
quinta-feira, março 23, 2006
O dia do puto
Olha Quase
Antes que venha o dia da criança, deixo-te aqui o dia do puto
24 de Março
Ouve
Estica o braço
Sentes a chuva?
Guarda-a
Toma este lápis
Risca sempre
Fora do desenho
Se quiseres claro
Toma as tintas
Suja-te
Pinta-te
Calça estes sapatos
Corre contra o vento
Se te apetecer
A favor também é bom
De quando em vez
Lembra-te
Não tens culpa
Sabes uma coisa?
Desculpa
Publicada por João Gil à(s) 10:21 da tarde
quarta-feira, março 22, 2006
The day after poetry day
My Dear Friend:
Change
Change is everywhere,
All around us.
If you do not notice any change,
You are not changing.
If you do not notice any change,
Have you seen,
The ocean,
The skies, Change
Change is everywhere,
All around us.
If you do not notice any change,
You are not changing.
If you do not notice any change,
Have you seen,
The ocean,
The skies,
The seas,
The land?
If you do not notice any change,
You, alone, will never change.
Kelland Chew
A venda de poesia do dia seguinte tem riscos ainda por descobrir.
A poesia deve ser desejada.
A poesia oral tem riscos menores.
Consulte um especialista.
Flor Garduno
Publicada por João Gil à(s) 10:26 da manhã
terça-feira, março 21, 2006
Get yourself a gun
A velocidade sempre me fascinou.
Ou melhor, aprecio a representação da velocidade.
É mais isso.
Sem o espírito tunning que merecia,
até entendo o orgasmo da coisa,
Mas não.
Não é o caso.
Refiro-me à vida que vai passando a olhos vistos,
ainda agora estava ali...
Lembro-me sempre do genérico dos Sopranos:
Get yourself a gun...
É tudo muito depressa.
O dia é manifestamente pequeno.
O planeta também e Portugal nem se fala.
Vou acalmar os instintos, voltar devagar.
Chego e o assunto divide-se em dois aspectos:
A situação complexa do Sporting,
e o conhecimento do desconhecimento
de Durão Barroso sobre o pretexto da invasão ao Iraque.
Enganaram-se....
E agora apetece-me à brava enganar-me até porque
tão pouco se discute acerca das verdadeiras razões.
Vou pensar que Durão Barroso pelo apoio dado, recebeu de prenda o cargo que ocupa, afastando-se da crise e dos problemas que Insuflavam dia a dia em Portugal.
Se estiver enganado, OH! Direi que me baseei em dados que estavam errados!
O que achas disto tudo querido amigo?
Publicada por João Gil à(s) 11:16 da manhã
segunda-feira, março 20, 2006
Musica e Paz
Meu Querido Amigo
Escrevo-te já na minha terra.
Voltei numa porcaria de um avião
onde o espaço disponível, está indisponível
pela falta de espaço.
Que fazer das pernas numa viagem de 11 horas?
A companhia Air France, viabiliza-se pelas suas poupanças,
poupando no espaço da viatura.
Mas isso não interessa.
Valeu muito a pena ter ido,
Encontrámos um Maestro e uma Orquestra exemplar.
Estes séculos passados em Macau,
Teriam na comunicação e no diálogo a velha questão de sempre.
É possível comunicar e encontrar um entendimento único e próprio.
Sabemos da utilidade do futebol, tal como os signos do zodíaco,
para iniciar uma bela conversa.
A Música é a Paz.
O diálogo torna-se sensitivo, subtil e sincero.
O produto final adquire uma nova nacionalidade.
A paz.
Publicada por João Gil à(s) 3:06 da tarde
quinta-feira, março 16, 2006
O brio
Grande Quase
Como é que isso vai?
Já passaram aquelas mazelas?
Há coisas que a idade não perdoa tio...
Eheheh
Por aqui a coisa está do melhor,
A orquestra tem um maestro prestigiado
e arrojado.
Os músicos são bem comportados,
E não como alguns dos seus colegas de Portugal,
agrilhoados por fantasmas de funcionalismo-público,
de comportamentos de putos por infância não tida.
Encontro brio por estas paragens,
Uma outra maneira.
Comunicamos.
Cruzamos a informação.
Tem sido bom.
Aceita o meu abraço.
Publicada por João Gil à(s) 2:31 da manhã
terça-feira, março 14, 2006
segunda-feira, março 13, 2006
Basicamente
Meu querido estimado
Escrevo-te em pleno voo.
São uma data de horas cumprindo um programa restrito
de possibilidades para espapassar o tempo.
As pessoas são basicamente iguais.
Têm os mesmos pavores e medos.
Isso transforma os circunstanciais comportamentos
em reacções semelhantes,
Eu gosto de voar por isso ya meu tásse bem!
Pensei nessas palavras que me deixaste.
Sim é verdade,
Manuel de Oliveira é para muitos, um factor de união
pelo riso e chacota de quem julga julgar.
Ele há de tudo.
É bom rir de nós,
dessacralizar,
não nos levarmos tão a peito.
Mas não creio ser esse o caso.
As maiorias têm as suas razões.
Então vá, vou aguardar o tempo
Acertando pela hora local e fazer o que dizes:
Estarei atento e activo,
Algo que me ocorra de relevo
Fotografarei
Cuida de ti
Publicada por João Gil à(s) 5:32 da manhã
sábado, março 11, 2006
Os papagaios da ignorancia
Antes de mais, faz boa viagem João.
Aproveita essas oportunidades raras
e retém toda a informação envolvente.
sabores
cores
rumores
amores
aromas
Dar-lhe-ás a melhor utilidade
Leva-me a escrever-te
o teu compatriota e realizador
Manuel de Oliveira.
Tornou-se entre muitas pessoas que conheces
o uso capião de escarnear M.O.
sempre a propósito de algo de muito lento,
pesado ou maçador.
Por sua vez habituados e educados segundo
as normas do cinema em que os truques substituem
e compensam o enorme vazio, mostram toda a sua deseducação e indisponibilidade aos horizontes de outras aproximações artísticas.
Presta bem atenção às entrevistas de ensinamento
que Manuel de Oliveira raramente faz.
São as lições de vida que os jovens deviam
ouvir e reflectir.
Aprender sempre com os que sabem
deveria ser o lema.
Não desactives João.
Estarei sempre aqui para o que desejares.
Diz coisas de ti e de lá.
Q.
Publicada por João Gil à(s) 12:40 da tarde
quinta-feira, março 09, 2006
O frango etico
Ó Quase!
Lá vou eu de novo.
Pra lá de cascos de rolha mais exactamente.
Uma aldeola lá no sol posto,
mais ou menos atrás das pedras percebes?
Longe como o caneco!
No epicentro de muitas doenças para lá de perigosas.
Conheço um restaurante de cozinha Tai que é do melhor.
Passarei lá a minha vidinha não tenhas a mínima dúvida.
Arroz introduzido dentro do ananás com os pedaços do mesmo.
Bom!
Já comeste cobra?
É tipo frango com espinha vertebral.
Frango ético?
Carne algo musculada digo.
Bué bom!
Invariavelmente, terei saudades da posta de bacalhau,
com uma brutalidade de azeite.
Assim desta maneira, ligo a Pátria ao estômago nostálgico.
Um novo conceito de nação surge nas entranhas é o que é.
Entendo tão bem os emigrantes, com o bacalhau e o queijo,
embrulhados oleosamente em papel pardo.
Meu querido amigo
Vou para mais velho e volto mais novo
como de costume
Hei-de contar-te um dia porque é que os prédios
altos têm grades nas janelas.
Ah! (esta coisa do ah, lembra-me o detective Columbo)
A propósito da ética galinácea, eu por mim, se fosse deputado da bancada da dita,
teria aplaudido o novo Presidente de Portugal.
É a partir de agora e para todos os efeitos, o meu Presidente.
Publicada por João Gil à(s) 10:06 da tarde
quarta-feira, março 08, 2006
Espelhos
Oli Quasi
Fotografê prá ócê
A bonomia de uma tarde
A primeira aula de fotografia
A nabice da focagem óbvia
A simetria mais que aborrecida
- Sim, todos tiramos a mesma e depois?
Se partir esta foto, serão sete anos de azar ou mais.
Publicada por João Gil à(s) 4:57 da tarde
O dia do homem
Não sei o que o meu estimado amigo
pensa sobre o assunto que logo pela manhã ouvia
de um respeitado senhor a propósito deste dia 8 de Março.
Dizia então o senhor:
- Quero deixar um beijinho especial
à mulher que me atura lá em casa!
Ao princípio até achei normal,
mais um dia entre muitos,
o dia da mulher, que uma vez por ano,
por ser apenas um momento tão especial,
nós reconhecemos todo um esforço de assinalar.
que até merece uma rosa!!!!
Assim, ao urso branco, ao panda, ao S. Valentim,
E por aí fora, junta-se também a mulher, esse animal diferente,
que também tem direito a um dia.
Mas apenas um.
Não abusar.
Para mim,
dia após dia, rosa após rosa.
Fiquei sim, convencido quando ouvi
o respeitável senhor,
Que hoje é de facto mais um dia de homem.
Ah!!
Hoje pode ser o dia do Benfas!!!
Publicada por João Gil à(s) 1:59 da tarde
terça-feira, março 07, 2006
A mulher deitada
Meu Querido Amigo
São reconfortantes e sábias, as palavras por ti
sussurradas na sua maior doce evidência.
Assunto encerrado!
Há uns dias, pelas terras do meu interior,
no crepúsculo montanheiro,
misturava no horizonte
este registo sugestivo.
Esta mulher nua e deitada parecia
nadar em braçadas de terra até ao mar.
Ou simplesmente pousava para o meu desenho?
Fixei-a retinamente
Já viste a rapidez e a velocidade dos nossos sentidos?
Vão e vêm num abrir e fechar.
Toma-a nos teus olhos e vai em paz.
Publicada por João Gil à(s) 11:31 da tarde
segunda-feira, março 06, 2006
O campo de milho
Carissimo João
Vejo-te inteiro.
Ainda bem.
Sabes que a ponderação tem o som
da harpa que se ouve quando atravessas
um campo de milho?
Sabes que a inveja é uma das doenças
que mais mortes tem provocado no teu povo,
meticulosamente e sempre à hora certa?
Sabes que a mediocridade tem um público
fervoroso e convencido da sua arrogante
verdade?
Digo-te como teu amigo sincero:
Corta a manipulação pelo mal
da rua raíz.
Sigo-te de perto meu estimado amigo
Q.
Abbas Kiarostami
Publicada por João Gil à(s) 8:06 da tarde
domingo, março 05, 2006
A vertigem
Estou de volta meu amigo Q.
Confio-te algumas das palavras que a mim sorriram,
apanhadas do céu mais à mão:
Cintilas meu amor
Voo mais alto
Voo mais perto
Na tua vertigem
No teu mais fundo
Eu
Agarro-te
Apanho-te
Seguro-te
Não fujas antes que o sol te encubra
Não te escondas meu amor
que a noite mata-me só
e não tarda a ser dia
Publicada por João Gil à(s) 12:54 da manhã 15 comentários