segunda-feira, maio 29, 2006

As 4 linhas

Meu caloroso amigo

O fogo ainda não estalou.
Está um calor que me tolda o conhecimento adquirido.
Escrevo-te com os dedos pesados,
coisas que pela preguiça mal se erguem,
desinteressantes e banais, do tipo:
Equipa que ataca também tem de defender.
É caso para dizer que os neurónios foram todos lá para
a frente e eu aqui sozinho com a baliza indefesa
a enxotar mosquitos.
Não é justo!

Só ligo ao futebol.
Por isso não te espantes se o nosso diálogo nos próximos tempos, pautar pelo meu guru que é o Gabriel Alves,
o nosso Nobel das quatro linhas.
Estilo...
E como gosto de ouvir os hinos enquanto as câmaras registam
o patriotismo e o desafinanço dos jogadores...
Encontrar as razões de uma derrota será o lema.
Julgar os comportamentos e o desempenho será a nossa prioridade total.
Tens cromos prá troca?
Nas quatro linhas se escreve música.
Nas quatro linhas se escreve um poema foleiro
dedicado a um jogador qualquer.
Nas quatro linhas se joga ao galo de não ter sorte nenhuma.

Em quatro linhas joga um povo o seu destino...

Azeite puro para molhar o pãozinho.