sexta-feira, maio 26, 2006

As janelas de Timor

Diz-me estimado e atento amigo
se não é tudo tão obvio e evidente
pega-se nas armas e cá vai disto
os argumentos escasseam e nem se explicam
as catanas impressionam-nos
lembram-nos
há pessoas em perigo
assustadas as crianças
os olhares
os olhos
as mãos e o colo
um português inocentemente falado
não são as bananas ou abóboras
não
não é o café
não é o preparado picante
nem o sangue a correr por isso

é sempre a mesma merda

abre-se a janela de Timor
e lá vem o aroma inebriante

cheira a petróleo que tresanda