quinta-feira, julho 13, 2006

Preconceito e chuva de palmeira

Meu estimado e fadista amigo

Ando numa época fadista
recuperando e afastando fantasmas de outros...
Por mim, sem problemas de maior, há muito.
Porquê?
Diz-me porque é que as pessoas que apesar de tudo,
com níveis de sensibilidade apurados, tantos anti-corpos ao fado construíram?
Munidos de critérios que por si só são um caminho,
emprenharam pelos ouvidos?
Mal educados por falta de educação sensitiva?
Feitos de quê?
Preconceitos?
Parto a minha cabecinha à procura de explicações e zero!
Devo andar estúpido de certeza incerta...
Há-de passar!

Isto para te dizer que estava junto ao mar, quando
um sufoco desceu junto a mim.
Um peso inacreditável, de ar pesado e nuvens cheias
de electricidade incontida.
Lia o meu livro de momento cheio de boas intenções.
As folhas das palmeiras choviam ruidosamente,
e pensei, por andarias tu?

Abraço

3 comentários:

Alex disse...

Lembro-me da primeira vez que fui a uma casa de fados. Lembro-me que ia contrariada por achar que iria detestar. Adorei. E chorei.
Bate cá dentro.

Mariana Matos disse...

Também me lembro da primeira vez que o meu pai me levou a uma casa de fados, em Lisboa. :) Nunca mais deixei de as frequentar! :)

Menina Marota disse...

Se eu tivesse voz...cantava o fado, acredita que sim!

Um abraço ;)