Um dia, hei-de ir a Cabo Verde.
Faz parte de nós.
Nós fazemos parte dele.
É como ir aos Açores.
É como ir à Madeira.
Será?
Bom....
Como de costume, aproveito o vegetanço na viatura,
para colocar em dia a escrita e actualidade relativa, que as rádios nos oferecem.
Acima de tudo a sua voz, a sua companhia.
Já não é mau...
Ouvi uma morna cantada pela Nancy Vieira, acompanhada por um grupo de guitarras de lisboa,
e não vi nenhum choque ou contradição, nem sequer qualquer tipo de aproximação forçada ou imaginária.
Afinal, tudo aquilo que apenas, e somente, a música consegue:
Juntar os Povos.
Mas...aqui há outra coisa....
Será chocante, ou já vos passou pela cabeça, que podíamos ter o mesmo hino?
Já imaginaram que esta realidade pode ser possível, se os dois Povos assim o desejarem?
Não será este um novo tipo de descobrimento?
O não neo-colonialismo.
A aceitação de uma nova europa...o cumprimento dos mares?
Um novo tipo de mensagem?
Se a razão é determinada pelas emoções, como muito recentemente se acredita...por mares de Descartes múltiplos...correctamente navegados, por bravos e tantos oceanos...
diria eu, filósofo de pacotilha, que:
NA MÚSICA, TAL JÁ ACONTECE.
O FADO E A MORNA SÃO PARENTES.
ok?
Ah!
Afinal, o Fado sempre se dançou...
Bem me parecia.
domingo, outubro 02, 2005
O outro império
Publicada por João Gil à(s) 1:42 da manhã
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
http://i10.photobucket.com/albums/a138/FilomenaCarreira/CaboVerde.jpg
Coladero
Mornas
Funana
Verão de 1998
http://i10.photobucket.com/albums/a138/FilomenaCarreira/caboverde2.jpg
http://i10.photobucket.com/albums/a138/FilomenaCarreira/caboverde1.jpg
Pela memória ficaram a magestosidade das montanhas e o encanto de vales, verdadeiros oásis numa paisagem predominantemente seca.
Um dia, hei-de voltar a Cabo Verde.
Em cada cantinho de Cabo-Verde vê-se um pouco de Portugal. Também se vê África em Cabo-Verde, aliás, é essa combinação que torna este país tão especial, mas o paralelismo entre CV e Portugal é muito mais evidente... e além disso, respira-se, aceita-se, e ama-se. Antigamente, éramos todos portugueses, depois passámos a ser cabo-verdianos, mas sempre com o coração em Portugal .É interessante andar pelas ruas das vilas cabo-verdianas e ver as semelhanças entre a gentes de lá e as gentes de cá, principalmente gente do interior, gente simples e sorridente. O problema é que nem sempre este sentimento é correspondido porque, graças a uns quantos cabo-verdianos com comportamento “desviado”, todos são enfiados no mesmo saco e a relação que podia ser perfeita entre estes dois povos, acaba por ser corrompida e gravemente afectada.
Mas eu faço uma grande distinção. Basta andar por aquelas ilhas e ver quem é verdadeiramente o cabo-verdiano. É essa cabo-verdiano que eu gostaria que todos tivessem o prazer de conhecer. Viriam o quanto têm em comum afinal.
Enviar um comentário