Caríssimo Quase
Como tens passado?
Como vai o teu trabalho?
Tenho a obstinada curiosidade do teu universo,
do que te move,
do que te emociona,
dos teus impulsos,
da tua pintura de hoje.
Por cá os dias vão... vêm... e de costume,
embasbaco sempre que o sol se põe
como se fosse o último desejo.
Um dia sonhei uma viagem ao centro da terra,
e quando entrei numa espécie de casa das máquinas,
logo perguntei o que aconteceria se travasse
o mecanismo das rodas dentadas.
Claro que seriamos projectados no espaço!!!
Soou longo nas paredes da resposta na minha cabeça ignorante.
É a vida.
Fico à espreita...
O sol afunda-se lá ao longe.
Dou-me conta da velocidade da terra a girar.
Apenas por... nada.
quarta-feira, agosto 02, 2006
Apenas por nada
Publicada por João Gil à(s) 1:04 da manhã
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3 comentários:
O sol põe-se no horizonte
Por trás do mar
O céu, uma chuva de cores
que ilumina e alegra
qual fogo artístico
que no último sopro de vida
nos engrandece
nos faz ficar
a olhar
a sorrir
a sonhar
a ouvir
a recordar
Fizeste-me lembrar um texto que escrevi há uns meses atrás. Era precisamente sobre o girar do mundo, a rotação da vida e dos oceanos.
Deixo-to aqui, acho que não te importas.
«O mundo é um moinho».
Há janelas de onde não se vê o mar.
Se o mundo é um moinho não bastaria pintá-lo de azul igual?
Se gira e não pára, nem sequer num sorriso
Pintá-lo-ei eu mesma em formas desiguais
Que giram pelo mundo tal como o moinho.
Não bastaria caminhar sem sentido
Faria os dias em formas e cores
As horas sem tempo nem ponteiros
Encontraria o azul na distância de um olhar
Mas não, não vejo o mar!
Se fechar os olhos ao vento
Mesmo que apenas por um momento
Vejo em mós o meu pensamento
Ergo então os sonhos caídos
E sim, agora vejo o mar.
O que faço então da tela onde o azul não sabe a sal?
Onde as ondas batem em silêncio?
Misturo o azul na água
E levo o céu ao mar.
Bj João
As tuas palavras encantam-me, deixas sempre um rasto bom e um sorriso cá para as gentes :-))
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