sábado, outubro 21, 2006

Estadios de alma















Ainda por terras beirãs,
no trilho de vestígios
e nos caminhos do conhecimento,
registei para ti esta pelingra meu caro Prof. Quase.
Vês?
Também o povo quer ser esclarecido.
Dois trincos?
Dois avançados?
Um losango de ataque?
O Alqueva como imagem de fundo
à hotelaria, restauração e turismo golfista?
Os lucros do sector financeiro, desmesurados
e obesos, ostentando-se perante a nossa dieta forçada?
Somente a falta de comunicação do poder para justificar
os grandes investimentos que aí vêm?


















Olha, volto à cidade e entre várias,
para me deixar levar nas asas do pássaro de fogo
no teatro azul de Lisboa.
A propósito, quando é que os governos, olham para
os bailarinos que sofrem do mesmo desgaste
brutal dos futebolistas, actuando em estádios de alma bem diferentes?

Vamos falando.
Um abraço

5 comentários:

Anónimo disse...

:)
Feliz pela atenção...no fim de estamos todos virados para o mesmo lado...deveriamos pelo menos.
Defender valores acima de tudo...
um olhar diferente sobre a sociedade...uma maior atenção sobre os pormenores.
Penso que nunca será demais a luta pela dignificação de carreiras tão nobres como a de um artista
...qualquer que seja a sua forma de expressão.


A inexistência de um Estatuto do Artista,e neste caso em concrecto
do bailarino em Portugal...terá sempre consequências a nível da Fiscalidade,Segurança social e da precariedade do trabalho.

Tendo em conta o rápido desgaste da nossa profissão...têm sido frequentes as discussões na Assembleia da República sobre a situação do bailado em Portugal
...mas nada de verdadeiramente eficaz se fez até hoje.
Continuará a ser a nossa batalha...num país pobre de meios e de cultura artística.

A verdade é que não podemos dançar pra sempre e temos de encarar uma reforma aos 55 anos.
Existem demasiados bailarinos numa situação de impasse...muito velhos para dançar e demasiado novos para se reformarem.
A única coisa que pedimos é alguma dignidade e reconhecimento da parte do Estado...uma vez que começamos tão cedo a estudar para nos formarmos e temos uma carreira útil de 20/25 anos...penso não será pedir muito uma reforma,pelo menos,aos 45 anos.
Naturalmente que com esta idade ainda se poderá ter muito para fazer e dar à sociedade.


"Ser artista é um exercício da natural irreverência,que faz dele
de um espírito leve,sadio e ingénuo."




Pois nunca nos será fácil o equilíbrio entre a cabeça e o coração.

Obrigada João.

Unknown disse...

Bom dia para ti João.

Palavras acertadas, como sempre.

beijoss

Pêndulo disse...

Em Portugal, o vinho deu lugar à jola e ao futebol... tudo gira em torno de 26 caramelos em campo...pode cair uma das pontes, mas as noticias da bola são sempre mais importantes...

enfim... é o país que temos...mesmo que uns quantos venham lutando desde há muito por tentar mudar...

Sílvia disse...

Plenamente de acordo, João. Querida Ana, tenho tanta vontade de te ver voar! :o)

Beijos a ambos.

Alex disse...

Parece um pássaro, um pássaro de fogo reflectido na água ...