CERN
Querido Amigo
De quando em vez
é vez de quando.
Na explosão do cosmos,
na expansão constante do universo,
Onde estou?
Onde estamos?
O destino é modificado
a cada momento em que se coloca
uma escolha.
Somos os astros,
as partículas vivas cheinhas de átomos
irrequietos e vivos.
Dentro de nós, a água vai-se tornando mais pesada por efeito da gravidade.
Levar-nos-á inevitavelmente à terra
a que tudo devemos.
A fatalidade da regeneração do tempo.
O amor dá-nos a paz.
O amor atrasa o relógio do tempo.
Por isso relativiso tudo
Aprendemos.
Ensina-me
sexta-feira, janeiro 26, 2007
Cosmos
Publicada por João Gil à(s) 12:45 da manhã 8 comentários
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Nós os assassinos
Estimado amigo
É delicado
emitir opiniões sobre o referendo que aí vem.
Não é assunto que se leve de ânimo leve.
Conheço algumas mulheres que o fizeram,
e nenhuma se mostrou contente com o facto.
Elas dirão por voz própria, se acharem conveniente,
mas no meu entender, existem questões de lei que têm de mudar.
Não faz sentido julgar as mulheres,
mas sim respeitá-las nas suas / nossas decisões,
ainda que a decisão seja filtrada e ajudada pela classe medica.
Também não faz sentido julgar santas as pessoas que defendem com unhas e dentes o contrário,
mesmo com a ajuda da santa sé, que há muito provou ser altamente eficaz noutras ocasiões.
É absolutamente desnecessário, quase culpar de quase assassinos as pessoas como eu.
Não precisamos de lições de vida sobre a importância da própria vida.
As 10 semanas são o mínimo praticado pela maior parte dos países que Portugal tenta perseguir e acompanhar.
A palavra aborto dá-me náuseas e arrepios.
Não ficarei a rir nem a festejar a vitoria da despenalização.
Mas que é preciso fazer algo não tenho dúvida nenhuma.
Uma questão jurídica que importa resolver,
mais do que a questão algo demagógica,
do sim ou não à vida.
Era o que faltava.
Por tudo isto já não consigo ouvir qualquer debate.
Já se esgotaram os argumentos.
Que se ponha a mão na consciência e que no silêncio da intimidade cada um de nós se decida.
Que se ponha fim a toda a hipocrisia que há muito reina em Portugal.
E tu meu amigo já sabes,
estamos aí pró que der e vier.
Um abraço.
Publicada por João Gil à(s) 10:11 da tarde 20 comentários
Os homens pequeninos
Meu Estimado
Já cheguei da montanha.
Local sagrado
onde mais me encontro.
A pouca neve reflecte o aquecimento geral da terra.
Os americanos e chineses, deveriam assinar os tratados
ambientais.
Chego aqui e dou-me conta da quantidades de mails
de vingança ou de ajuste de contas.
Por serem anónimos, deveriam ser alvos de desprezo geral. Mas, conhecendo um pouco melhor os portugueses, os boatos e as bocas que se multiplicam
na internet, levam-nos a crer que o espírito de vingança,
aliado à inveja dos homens pequeninos de Portugal, tornam factos, aquilo que é apenas medíocre.
Um arquitecto oriundo da Roménia, dizia-me há
uns tempos atrás, que os homens pequeninos,
apresentam sinais evidentes de um certo trauma.
Denunciei imediatamente a minha discórdia.
E ainda lhe disse mais:
Os Portugueses, que agora se apresentam,
demonstram um outro tamanho...
Por isso devemos confiar, nas camadas mais jovens.
Numa outra mentalidade.
Um abraço!
Diz coisas de ti.
Publicada por João Gil à(s) 12:02 da manhã 5 comentários
terça-feira, janeiro 02, 2007
De chiado em chiado
Ei Ei Ei Meu querido amigo
Deliro...
Este 007 a começar por 2
promete largo de profundis.
Tenho a cabeça às voltas,
ansioso para que ouças
este novo disco da Fil.
Claro que, depois de tanta almoçarada,
de tanto brinde e festas de tão boas,
a cabeça dói um pouco até porque a idade já coiso.
Não gosto da quantidade de SMésses sem cara nem rosto, que espalham afecto por atacado.
Mas ok! Tá certo.
Acho que entendo esta substituição dos antigos cartões de natal.
Facilita bué.
Bom para as telecómes, mau para os cêtêtês.
Os anos ímpares sempre revelaram coisas ao mundo.
Nestes anos assim, as pessoas tendem a apaixonar-se.
Abrem os corações e... lá vai alho!
Os Pais falam mais com os seus filhos,
e os filhos escutam curiosos de olhos esbugalhados.
As mães como sempre, estão.
Os poetas começam novos ciclos de criação
nunca vistos ou cantados.
Alguém inventa um instrumento que sirva
para perpetuar a primavera.
Todos declaram ao mundo o seu incondicional melhor.
É assim nestes anos a acabar em 7.
Corremos ao alcance do pôr do sol
e vem logo outro dia ainda melhor.
É em anos assim que nos tornamos leves de tanto
cinzentismo ultra patriótico.
Gosto de andar de chiado em chiado.
Volta e meia lá te vejo descendo degraus e degraus e
degraus até ao rio.
Ontem tive uma ideia
Imaginei o Tejo cheio de vida.
Cais de estacionamento por todo o lado.
Barcos de todo o tipo, levavam as pessoas
a restaurantes em Alcochete ou a Cascais,
A nova exposição de fotografia,
inaugurava o museu do mar da palha.
Havia sinalização e bóias de marcação,
que asseguravam a protecção dos navegantes.
Até uma procissão eu vi.
Era a Lisboa do rio.
Achas que vai ser este o ano de mudança?
Vem aí um bom ano.
Não duvides.
AH... vais-te passar!
Gravamos um dueto com a Mónica Ferraz.
Ela é impressionante.
Publicada por João Gil à(s) 6:47 da tarde 12 comentários