quarta-feira, agosto 31, 2005

Actos de coragem nas traseiras de Portugal

Um responsável do urbanismo da Câmara Municipal do Porto, quando denuncia situações muito graves, é :
Um acto de grande coragem.
Um Bombeiro que se manda com tudo o que tem, para a frente de um fogo, é :
Um acto de enorme coragem.
Um jovem compositor que se dê à morte, a cantar em Português, é :
Um acto que pode responder a um apelo mais do que o seu próprio presente. Consciente ou não, vem contra a maré.
Um qualquer político que, vindo do mercado de trabalho e não de uma jota de jovens parasitários, se entregue à missão de servir uma causa pública, e não o partido e os interesses que o suportam, é :
Uma pessoa séria, ou seja, um acto de grande coragem em terra de espertos.
Uma ou um enfermeiro anónimo, que dão diariamente dignidade e afecto, ao sofrimento sem cara, por vocação, já que, tais coisas não constam nos benefícios da penincilina, é :
Um dos actos mais extraordinários de que o ser humano é capaz.
Um partido político que integre os cidadãos da grande população africana, com todos os direitos iguais aos nossos, é :
Ou seria, um facto de tão inédito, um intervalo de lúcida coragem colectiva, e um grandioso acto de histórica coragem.
Uma pessoa que se exprima artisticamente em diversas áreas, que viva a muito ou pouco custo do seu trabalho sem o apoio do Estado, e não precise de dizer mal dele ciclicamente para sobreviver à falta do seu próprio talento, é:
De tal maneira , um acto de coragem, que deveria ser medalhada ao dia 10 de cada mês.

Muitos e muitos mais se afirmam nas traseiras de Portugal, mas apetece perguntar:

O que é a normalidade?

segunda-feira, agosto 29, 2005

Qual é o eco ?

Seguindo as pistas de Umberto Eco, deixadas neste seu último, que sinais encontrariamos nós, em nossa volta,
que nos fizessem chegar à nossa pessoa em caso de amnésia, sem nos perdermos?
Se vieres pelo mar encontras um belo País, que, embora triste, se faz rodear de imensas euforias.
Um belo País, povoado de leitõezitos que para o ano já cá não estão, é certo, todavia preenchido com gente muito gentil.
Um cantinho apetrechado das mulheres mais bonitas que há memória, mas que elas ainda não perceberam, de tão inseguras, que fazem de seus homens ainda mais do que elas, seres necessitados de suas mães, de tanto infantis demonstrarem vida fora. Bem, uns para os outros.
Um País que discute, e vive acaloradamente as amarguras de um simples guarda-redes. É dómem dolmen!
Um País altamente mal frequentado, cheio de gentinha que apanha dinheiro do chão. É verdade!
Que tão cheios de seu peito, afincadamente labutam para os interesses dos que realmente têm o poder, levando o nosso voto. Sim, sem dúvida!
Os que pensam por tudo isto dizer, se convençem, que por esta via têm garantida a entrada directa no ceu? Mentira!
Não chega!
Já não chega dizer mal!
Aqui tens uma boa pista, mas atenção que os italianos não são muito diferentes. Continuo???

Encontras um País que ainda vive na era do betão, que ainda não descobriu que passear no jardim pode ser bom.
Claro! Que se saiba, ainda não foi encontrado um voto ao pé de uma árvore.
Mas olha:
Não penses que é tudo mau. Nada disso. Quando deres por ti, vais finalmente entender que:
Chegaste a tua casa.
É esta a tua casa.
Somos nós, a tua família.
Nessa altura, liga-me que eu vou ter contigo.

Incondicionalmente!

This is cnn

Acabadinho de chegar, com os dedinhos em riste, mortinho por desassossegar, inquieto como de costume.
- Isto é um vício!
depois de um fim de semana em estrada, com S. Martinho do Porto como passagem para mais um escaldão.
- Amigos que nascem nas areias não se enterram no Verão, nem acabam com Agosto!
Podia ser uma canção, fraquita, cheia de frases batidas, chapa gasta. É melhor não, e além disso, os amigos devem ser protegidos.
Se calhar, em Inglês soava bem e... não machucava o pergaminho.
- Voltarei no Inverno, em pleno nevoeiro, nem que seja noutra dimensão, noutro tempo, nas rua dos cafés, antes do betão...

Na rádio ouve-se acerca da chegada do furacão a New Orleans. Abro a porta de casa, pouso a mala, e...
vou a correr para a CNN, ver a cena:
Carros em fuga na autoestrada, e o Larry King de suspensórios em suspense, ponderado mas algo grave, fala com o repórter na zona.
Macacos me mordam, mas há aqui qualquer coisa de espectáculo especulativo.
O que irá acontecer? Pergunta-se.
Zapingo pelos canais de Portugal e nada... estranho! Ok, os directores também fazem safaris.
A sério, estou a brincar.
AH! SIC Notícias. Boa !
Impressionante. Algo de estranho acontece no planeta Terra. As tragédias são distribuídas meticulosamente.
Por todos. Por Deus. Só pode!
Por mim, punha o Katrina lá para os lados do Katrino, a fazer estragos nas aves que andam constipadas, e deixava o povo da Nova Orleães em paz, a dedilhar a bela da sua música em baloiços, debaixo dos telheiros das casas de madeira que vemos nos filmes, mas não mando.
Admirável o que Americanos fazem para se protegerem.
Nem tudo é mau concerteza.
Vou para intervalo.
Volto já.

sexta-feira, agosto 26, 2005

A Senhora de certa idade

Ontem, numa das tasquinhas ao pé daqui de minha casa, depois de mandibular um bacalhauzito singelo,
peço um café, ponho os oculos que me dão sempre alguma credibilidade, abro o jornal pelo sítio do costume,
vou para ler, nisto toca o telefone, e ouço o seguinte diálogo:
- Olá minha senhora como está, há quanto temmmmmmpo? Boazinha?
Aqui, pelo timbre e pelo mimo, entendi, do lado de lá, alguém de certa idade.
- Siiiim...já sabe. É o costume: os bifinhos, o bacalhau, o cozidinho,
A boa da senhora perguntava a ementa para ganhar o tempo da escolha.
- Sim sim. Está muito bem...claro, um caldinho do cozido também.
A senhora de certa idade tinha-se decidido pelo cozido à Portuguesa.
Desliga o auscultador do telefone preto, vira-se para a cozinheira e diz bem alto:
- Pensava que esta já estava morta!
Resposta da cozinha:
- O quê, ainda está viva?
Faço sinal com os dedos para pagar e...
- É a continha é ?
Abanei com a cabeça, boquiaberto ...

Não me consigo abstrair deste episódio.


Vasco Gil

quarta-feira, agosto 24, 2005

Mastiguem devagar

" Apenas uma boca. A tua boca
Apenas outra, a outra tua boca
É Primavera e ri a tua boca
De ser Agosto já na outra boca

Entre uma e outra voga a minha boca
E pouco a pouco a polpa de uma boca
Inda há pouco na popa em minha boca
É já na proa a polpa de outra boca.

Sabe a laranja a casca de uma boca
Sabe a morango a noz da outra boca
Mas sabe entretanto a minha boca

Que apenas vai sentindo em sua boca
Mais rouca do que a boca a minha boca
Mais louca do que a boca a tua boca "

David Mourão Ferreira

Este é um dos mais belos Poemas que eu conheço.
Que melhor alimenta e sacia o cio da fome.
Não resisto...
Salivo...



Elliott Erwitt

O instinto da eternidade

Há notícias que, em sede própria, jamais seriam dadas.
Deveriam sempre, em qualquer situação,
serem acautelados e protegidos os nossos instintos da eternidade.
Vou fingir, e nem quero saber.
O pianista é outro que se faz passar pelo Outro.
E o grande Lance, será que...?

Agora o tempo é já outro.
Tudo é mais depressa.
Por isso:
A memória também.

Não acredito!
É inaceitável!



Lara Rossignol

terça-feira, agosto 23, 2005

O PODER ESTÁ NA NOSSA TECLA

XIIIIIIIIII.
Leram o artigo que Vital Moreira assina hoje no Público?
A focagem está na Blogosfera.
O título é:
o "quinto poder"?

Encham o peito, camaradas de vocábulo erguido.
O poder ainda pode cair pelo teclado.
A nossos dedos.

O Estado Couve

Caaaaaaaaalma.
Não estou a falar do nosso estimado e apreciado País, das suas praias, comidas, o seu povo afável e afins.
Nã Não!
Sou mesmo eu, o próprio do estado couve em que me encontro.
Acordei com uma daquelas dores de garganta à puto.
Engolir é uma empresa árdua a que me sinto obrigado apenas por exigências estômacáis (deve ter acentos a mais, não?)
-Estomacais, ó bruto!

É um Já visto.
Ter anginas em Agosto.
Mal acordei, liguei para minha irmã a seguir, que sabe do assunto a potes, a quem a família recorre sempre que tem dores de todo o tipo. Ela, que merecia uma prenda a dobrar, mas a pobre "infeliz" nasceu no dia 24 de Dezembro. É muito azar.

Diz então a Doutora que o ar anda desregulado de ozono e outras coisas, e, portanto, as urgências não têm feito outra coisa.
Atenção, pois então, ao ar que se respira. Sim, mas também não podemos andar para aí de mola no nariz.
O vizinho ao lado, na passagem de peões, desconfiaria imediatamente da sua auto-estima (ou amor-próprio, que tb soa bem).
Claro, neste estado couve em que me encontro só me ocorre;
Não quero um rasca!
Mãe.

-Os homens são sempre a mesma coisa.
-Que frágeis.
-Não perdem uma, para exibirem o seu queixume.
-Que falta de paciência.

- Então como é que exibimos a nossa sensibilidade que vós tanto apreciais?
- O nosso lado feminino tanto em voga?
- A nossa vulnerabilidade que de aspectos sexys se pode revestir?
- É preciso ter os ossos à vista?
- Ter um ar esquálido e talvez pensem que nós pensamos, embora só de quando em vez?
- Eu recuso-me a tal demonstração de neo-matrafonismo por ruas de Lisboa.
- Aliás, já pensaram que os homens que viram matrafonas, em Torres Vedras, levam aquilo demasiado a peito?
- Espelham muito bem o seu ideário feminino, e gostam mesmo de vestir aquelas meias de rede rotas.
- Fetiches populares, enfim...


- Ok!
- Assumo!
- Tenho mimo!
- E, tenho saudades da minha mãe.

Sobre as fotos

Para os menos informados:

Quem quiser comentar com fotos, e não sabe como, pode abrir um conta no http://www.photobucket.com/. Inscrevam-se.
A partir desse momento, podem enviar uma série de fotografias para o vosso espaço no servidor. Qualquer foto passa então a ter um endereço próprio(ou URL) que pode ser linkado ou inserido num post.


Ilustro:
Acordo bem-disposto.
Envio uma foto de Mark Tucker, que fica com o seguinte endereço (http://img.photobucket.com/albums/v11/morris/nattoes.jpg) na minha conta.
Já posso deixar este link numa qualquer caixa de comentários. Ou então deixar a própria imagem aqui neste mesmo post. Para o fazer,insiro o comando html que aparece no photbucket e voilá:


Mark Tucker.

Não é difícil, experimentem. Ah, respeitem os direitos de autor, evidentemente.

Pensar alto

Não me entendam mal.
Por favor!
Pensar alto...pensar alto....

Não é pessimista aquele que acredita nas pessoas.
Não é pessimista aquele que dá um voto não por amor, mas calcula ser o melhor para todos.
Não é pessimista aquele que aponta o dedo e discute as coisas.
Não é pessimista aquele que deixa de acreditar em esquemas.
Não é pessimista aquele que apenas anseia compreender tudo à sua volta.
Não é pessimista aquele que, entregando-se a tudo, acredita estar vivo e, por isso, está mais vivo.
Não é pessimista aquele que acredita haver sempre uma solução.
Não é pessimista aquele que se questiona.

Todos podemos ser.

Às vezes.

Uma coisa não implica a outra

Uma coisa não implica a outra, ou seja, uma imagem não substitui a prosa de uma ideia.
É simplesmente a manifestação de um desejo.
Ter acesso à visão dos outros...pelos vossos olhos...sem que isso seja a diminuição da força de uma contemplação.

Os nossos sentidos à alerta.

Todos!

segunda-feira, agosto 22, 2005

Um Desafio

Faço um desafio a todos os fotonautas: sempre que acharem viável, possível, interessante ou algo parecido, deixem os vossos comentários através de imagens.

Qual o rosto ou a expressão facial para a cara de agosto quando chove ?

Encontrar-nos-emos num lugar da memória.

Deixem os vossos links.

Fico à espreita.

Votei em José Sócrates, não no P.S.

Vou deixar aqui muito claro o que afinal me preocupa nesta série de desabafos,
tendo o nosso Primeiro como actor principal deste filme que idealizei ao votar
na sua pessoa na última lesgislatura.
Sim!
Votei em José Sócrates e não no P.S.

Tenho (ainda) nele um depósito de esperança, que sob a injustiça de juízos precipitados, não pode ser destruído sem mais nem menos.
Aprendi com o meu Pai, que foi um insígne Bombeiro, a nunca entrar em pânico.
- Nunca mesmo!
Quase ouço a sua voz firme.

Seguramente não sou o único que deixou de acreditar nos partidos enquanto fiéis representantes dos anseios das populações.

Acredito que (perdoem-me os mais dogmáticos) os partidos passaram, mais do que nunca, a defender sobretudo a quem lhes paga as campanhas.
Isto parece do mais básico, mas sobrevive a ideia importante do domínio de interesses não indentificados, de políticas posteriores ao dia do voto, mesmo depois de passar o assunto pelo crivo da não generalização.
Confuso(a) caro(a) leitor(a)?
Será que estou como o antigo treinador Octávio Machado?
Nã!
Isto para vos dizer que confiei e confio ainda (apesar das nódoas que vão caindo na toalha de linho branco, estampadas na leitura dos jornais diários do nosso Primeiro) que a cobrança da factura recai sobretudo nos partidos e não em José Sócrates.
Que ele, a contragosto, vai arrumando o P.S. e os candidatos que o aparelho impõe.
Que os interesses dos construtores vão gerindo o País no seu ritmo de crise, sendo as rotundas o exemplo mais caricato.
Que os incêndios, além de queimarem, cheiram muito a esturro.
Que há razões de ordem prática na nomeação de cargos públicos....mas enfim.
Que ele se esgueira perante regras impostas de Bruxelas, e faz um esforço sério por todos nós, embora, em minha opinião, as férias pudessem esperar.

Acredito em José Socrates quando ele se emancipar e, de uma vez por todas, assumir e encarnar a esperança quase derradeira nele depositada.

Caso contrário não sei em quem mais votar, em quem mais acreditar.

E não vejo solução num futuro breve para a dita alternância.
O P.S. e o P.S.D. arranjaram-na bonita.

Estou para ver como é que se vão safar de isto tudo.

E agora?

Vamos continuando que a novela está longe de acabar.
Darei o braço a partir (Meu Deus!) se for o caso.

Acredito em pessoas sérias.

CASO CONTRÁRIO ASSINAREI QUALQUER PETIÇÃO QUE SE PROPONHA RETIRAR O VOTO.

domingo, agosto 21, 2005

No problema

Está a ficar estafada a questão da viagem do nosso Primeiro
por terras de caçadas de outrora.
Por mim estará sempre à vontade.
Até estava capaz de alinhar também.
Já me imagino a dedilhar a minha viola à porta da tenda
desfocando os olhos na fogueira
à procura dos acordes ideais
que não prejudicassem a audição dos rugidos dos animais.

O que chateia não é nada disso, até por que é apenas politiquice...

O facto é que o fogo passou a ser um fatuo incontornável,
e só a falta de meios parece ser solução.
Não se pode fazer mais nada e
portanto:
O primeiro-ministro dá a importância que dá.

No problema

sábado, agosto 20, 2005

Cometi um crime?

" Enquanto tu e eu tivermos lábios e vozes que
servem para beijar e cantar
que importa que um qualquer limitado filho da mãe
invente um instrumento que sirva para medir a
Primavera? "

E.E. Cummings


Tive a desgraçada lata de ter composto uma canção com este poema/manifesto
inacreditavelmente eficaz, fortíssimo, cruelmente delicioso.... e muito mais que tudo.

Provavelmente sob a luz de tudo em que acredito, terei feito uma heresia, para quem, como eu,
defende que, se já lá está uma música, para quê pôr lá outra?
Isto apesar de já ter feito uma data de "crimes" do género.

É normal ter dúvidas.
É normal pôr questões.
É normal a angústia.

Será sempre ruído?
Implica a substituição forçada dos sons mentais de cada novo leitor que não precisa de ser afinado?
Implica uma métrica dura e surda perante a liberdade?
Tira a liberdade?

Este pequeno grande "crime" que, confesso, abriu-me as portas da deliquência.
Será legítimo voltar ao local do dito?

Não sei.

Alguém sabe?

Está alguém aí?

Digam-me!

sexta-feira, agosto 19, 2005

Lisboa em parte incerta

Fiquem por aí.
Por favor, não voltem das vossas férias,
Deixem-se ficar para aí a banhos e, sobretudo, não voltem.
Peço-vos.
Isto aqui assim por Lisboa está meio estranho, com pouca gente...
Não... isto não está nada bom.
Já se viu que a indústria não dá muitas soluções, que o comércio enfrenta uma crise terrível de falta de poder de compra e confiança.
TURISMO, sim, o futuro está no turismo.
Sol todo ano.
Aqui está a verdadeira fonte de riqueza natural.
Dediquemo-nos pois então ao turismo.
Aproveitem bem, e montem o vosso estaminé enquanto é tempo.
Caso contrário, virão os outros de sempre.
Por favor não voltem.
Ou então?
Venham cá só muito de vez em quando.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Muito Mau

Devo estar doido, só pode!
Este último da cerveja Sagres fala-nos da ideia que pode estar no desejo de a beber.
E o que é que eu vi?

Um jovem com cara de velho, a imaginar coisas numa outra que não a sua namorada, ou será que vi mal?

Exactamente como nas entrevistas dos telejornais, perante a ilusão de ganhar o euromilhões, cuja notícia é como de costume:
Qual o destino? Para onde ia? O que fazia se...? E pelos vistos também... já que a Pub. trabalha a mesma ideia de desejo colectivo...
A Ideia de cerveja... francamente, pensava eu que: Munique e Alemães-Queimadasfitas-Jovensemcrescimento-joaquimbarreiros-Festivaisdeverãoviabilizadossemproblemasdemaior
-Esquerdanainfânciaedepoislogosevêmaistarde-Seria mais que... Não, Não é suficiente!
Não lhes chega!

Estamos perante a ideia de se pensar que andamos todos mal servidos de amores inclusivamente.

Belhheeeque!
Que nodjo!

Já viram o que pensam de nós?

Nós?

Das mulheres?

quarta-feira, agosto 17, 2005

As Maravilhosas Rotundas de Portugal

Há um País que nos foge da mão. Um País que se observa, que se critica, mas que ele! O País!!??
Segue tranquilamente o seu dia-a-dia indiferente a tudo aquilo que alguém possa pensar, um País que se está nas tintas para o que se possa pensar.
Por exemplo:
Uma rotunda, para divergir correctamente (para quem sabe) os caminhos a seguir à saída da vila, cidade ou aldeia, seja onde for, e depois... logo a seguir, outra, mais outra e outra ainda ... e, acreditem! Não estou a exagerar, outra Rotunda!!!! VIVA!
Pois então pergunto ainda assim e , desculpemmmmmm,:
Porquê tanta rotunda?
- Estúpido! Não sabes que morre imensa gente nas estradas de Portugal, que o povo não tem inclinação, civismo, ou educação para conduzir? Hein? Assim não temos outro remédio. Rotundas e..... calas-te!
-Que achas?
-Tábem tábem..
Fuuuuuuuuuuu.
- Deve ser a mesma coisa dos incêndios. O País arde corrrecta e ordeiramente à volta.
- Não se fala mais nisso.
Ah, já me esquecia. Tudo isto ....
Sem placas de aviso ou sinalização.
Para quê?
Não sejamos hipócritas...
Porque a nossa inteligência tem a obrigação de compreender as razões de tudo isto.

Não ouvem o silêncio???

quinta-feira, agosto 11, 2005

Cara de agosto quando chove

Hoje acordei com esta cara. Que estranho macambuzio me saíste, do género: ia para a praia mas está quase a chover e já não vou, portanto, não sei o que fazer aqui em Tavira Ó Elvira
E, como quem, olhei em volta e Oh...não sou o único a olhar desta maneira para o céu.
Estamos todos com a mesma cara, e evitamos olhar uns para os outros, não vá alguém descobrir.
Uma espécie de alteração de rotina marcada previamente na agenda. Apanhar sol nas ventas até ficar com bom ar.
Foi por isso que inventaram os Don Rodrigo (podia ser uma banda de rock algarvio).
Dar uma alternativa credível e doce ao tempo cinzento. Já topei! as raparigas usam o fato de banho como roupa íntima. Ahah!
Vou passar a olhar de outra maneira quando estiver na praia. Bom! Não interessa.
Só para vos dizer que agora sei o que é ter cara de agosto quando chove.
O calor coze-me os miolos, e lentamente....a gravida
a
a
a
de.

"Um passo maior que a perna"-Uma lição de vida num estilo um pouco americano, mas enfim...

O Atleta Português Rui Silva é um exemplo a ter muito em conta, tal como todas vitórias desportivas em geral, elas dão-nos uma lição qualquer....
- Que Lindo!!

Ele diz numa entrevista logo após a conquista do seu mérito, que ao longo da sua carreira nunca terá dado " um passo maior que a perna ".
Creio que estamos na presença de uma pessoa especial.Ah....e não se chama José, ah..... e não foi arrogante, sim porque é possivel ser um ganhador sem que isso signifique agressão ou estar em luta com pás de moinhos.
Ganhar! Ganhar! Ganhar!.......Calma.....
-Não , não estou com ciúmes!!

A estratégia de uma corrida de 1500 metros encerra em si mesmo, uma ideia de estratégia e táctica de vida .
Faz sentido?
É por essas e por outras, que gostaria de convidar os meus amigos todos a...., não digam já que não, não se precipitem!
Façam apenas um pequeno esforço.....começem por correr 5 minutos.Se tiverem problemas de coluna, podem simplesmente caminhar.Vá lá!
Isto pode parecer-vos ridículo, mas é que estou mesmo convencido das vantagens da prática de atletismo onde a competição se verifica sempre na perspectiva da evolução e do aumento gradual das margens de resistência.uff!
É claro, estou completamente dependente, mas olhem, dá muito jeito para equilibrar o acompanhamento da suspenção de fumar, ah pois é!
Ah , já agora nunca digam que deixaram de fumar...suspender é mais cauteloso e humilde.
A aprendizagem da gestão do esforço e o domínio do espírito de sacrifício faz com que a nossa vida decorra e tenha bons resultados.....eu sei eu sei.......a crónica está a ficar ao melhor estilo das " selecções "
Merda!
Levem-me a sério!
Obrigado sim?

segunda-feira, agosto 08, 2005

Amanhã já passou

Triste por estar triste
Triste por ser madrugada de domingo
Triste pelo País que arde
Triste pela tristeza dos outros
Triste pela falta de optimismo
Triste pela falta de autonomia do nosso primeiro ministro
Triste pela falta de coragem
Triste pela miopia de toda a classe política
Triste pela incapacidade de o regime democrático inventar um sistema sem os partidos do costume
Triste pela tristeza do nosso Presidente que chora
Triste por um momento triste
Triste mas amanhã já passou!

sexta-feira, agosto 05, 2005

Verão Quente de 2005

São chocantes as imagens dos incêndios, do povo desesperado, das casas, das terras queimadas, do pânico, das lágrimas, da generosidade e do esforço dos bombeiros.
Retenho na memória o apelo de um senhor que , acusando o governo, a classe política, e disparando em todas as direcções, pede mais força para a Polícia Judiciária para assim "como antigamente" , possa por cobro à " dita mão " criminosa.

Imediatamente em acto contínuo e a quente também, tomado por um sentimento de revolta , sou levado a pensar que a importância de todo o sector de construcção, da indústria das madeiras , são um alvo óbvio de todo o tipo de suspeição, a somar à elevada temperatura e a um misto de impotência de não termos respostas para tudo.

A seguir....pego no jornal "Público", e como de costume , vou à última página ler o comentário de V.P.Valente, e......
Tal como antigamente, lá está o velho hábito que já vem da Monarquia....Os que estão no Poder, escolhem os seus amigos para as empresas Públicas.

E, por sua vez a quente, lá vou eu para a ideia de que o nosso Primeiro Mínistro está a perder a sua grande oportunidade histórica para ser diferente de todos os seus antecessores.
Assim é horrível!
Quando aparecer a palavra Ética no diccionário político Português, começará uma nova era na nossa vida.
Gerações depois, os bodes expiatórios serão outros concerteza.

quinta-feira, agosto 04, 2005

É uma história de carácácá eu sei...

Não quero embirrar, mas por acaso vocês não acham estranho, que nos minutos de silêncio que têm sido praticados nos estádios de futebol, por razões mais que justas e assinaláveis de intensa solidariedade, sejam sempre acompanhados de salvas de palmas e uma enorme dessincronia caótica, em que apenas os jogadores parecem levar a sério o recolhimento, tornando-se "artistas" de um espectáculo que está a ser visto apenas , e não sentido por todos?
Devo estar maluco, mas este comportamento colectivo, dá-me cabo dos nervos.
Um minuto de silêncio, na minha terra, significa introspecção , não?
Não devia constituir o silêncio da intimidade colectiva, tal como o nome indica, uma força intimidatória e condenatória de todo o tipo de atentados, inclusivamente da morte que subitamente pode vencer a vida ainda jovem e prematura?
Eu acho que sim , mas pronto...devo estar a ficar maluco...

O silêncio intimida mesmo, caramba!